No dia 29 de agosto é comemorado, no Brasil, o Dia Nacional de Combate ao Fumo, uma data instituída em 1986, pela Lei nº 7488, que foi criada com o objetivo de conscientizar e mobilizar a população sobre os riscos e danos decorrentes do uso do cigarro, sendo que essas ações são coordenadas a nível nacional pelo Instituto Nacional do Câncer, o INCA.
Nesse ano, é discutido o uso do Narguilé, que em nosso meio é comum entre a população mais jovem. Por utilizar mecanismos de filtro, o consumo de narguilé é visto como menos nocivo à saúde, no entanto, a literatura revela que o seu uso é mais prejudicial que o de cigarros, pois uma sessão de narguilé dura em média de 20 a 80 minutos, o que corresponde à exposição dos componentes tóxicos da fumaça de aproximadamente 100 cigarros, ocorrendo também exposição maior a metais pesados, altamente tóxicos.
Ou seja, tanto o cigarro quanto o narguilé envolvem riscos à saúde, sendo que o narguilé pode ser precursor da iniciação do fumo de cigarros e ainda induzir dependência à nicotina.
O cigarro, assim como outros derivados do tabaco, não possui uma quantidade segura de consumo. Somente na fumaça desse produto, por exemplo, encontramos mais de 4.700 substâncias tóxicas, algumas inclusive cancerígenas. O alcatrão e a nicotina são exemplos dessas substâncias maléficas ao organismo. A Nicotina age como estimulante do cérebro, eleva a pressão sanguínea e a frequência cardíaca, diminui o apetite e desencadeia náusea e vômito. Já o alcatrão, que é formado por várias substâncias, está ligado a doenças cardiovasculares, câncer, entre outras. O tabagismo pode desencadear cerca de cinquenta (diversos) problemas de saúde, dentre os quais, destacam-se: infarto do miocárdio, enfisema pulmonar, derrame, câncer de pulmão, traqueia, laringe e brônquio, impotência sexual no homem, infertilidade da mulher, hipertensão e diabetes. Estima-se que 90% das pessoas que desenvolvem câncer de pulmão apresentem como fator responsável o fumo, sendo importante destacar que as chances de cura para essa doença são bastante baixas.
É importante salientar que as pessoas que não fumam diretamente também correm sérios perigos. Os chamados fumantes passivos, quando comparados a grupos que não possuem contato com o tabaco, possuem risco aumentado de desenvolver câncer de pulmão e doenças cardiovasculares e respiratórias, como a asma, bronquite e pneumonia. Além disso, bebês de mães fumantes podem nascer prematuramente ou então apresentarem baixo peso após o nascimento.
Como funcionam e como posso participar dos grupos de combate ao tabagismo?
Para acessar ao grupo, o usuário precisa entrar em contato com sua unidade de saúde e deixar contato telefônico para ser avisado quando iniciar um novo grupo.
Os grupos ocorrem conforme o modelo do Instituto Nacional do Câncer o INCA, que preconiza quatro encontros semanais, dois quinzenais e um mensal para manutenção. Durante os grupos os tabagistas recebem atendimento médico, psicológico, farmacêutico e de enfermagem conforme suas necessidades e em grupo. Esse é um espaço para desabafar e tratar esse vício, com o compartilhamento de informações, terapia de grupo, e troca de experiências. Ao final de quatro semanas, se espera que o usuário já esteja livre do tabaco.
Se você quer parar de fumar, procure sua unidade de saúde, converse com seus familiares, seu Agente de Saúde. Abandonar o tabagismo é um ato de amor-próprio.
Então não deixe o tabaco tirar o seu fôlego! Escolha a saúde, não o tabaco!
Governo municipal – mais cidadania para todos.