A síndrome mão-pé-boca (SMPB), também chamada de doença mão-pé-boca, é uma infecção viral contagiosa, muito comum em crianças, caracterizada por pequenas feridas avermelhadas na cavidade oral, mãos e nos pés.
Foram identificados casos em escolas do município, já notificados e as crianças afastadas. A Secretaria da Educação e Saúde já tomaram as medidas visando conter a disseminação da doença como: afastamento das crianças com sinais e sintomas, reforço na higienização e orientação aos pais e funcionários.
A transmissão ocorre pela via fecal/oral, através do contato direto entre as pessoas ou com as fezes, saliva e outras secreções ou através de alimentos e de objetos contaminados. As lesões na pele também transmitem a doença. Os indivíduos infectados são mais contagiosos durante a primeira semana de doença, mas mesmo depois de recuperada, a pessoa pode transmitir o vírus pelas fezes durante aproximadamente quatro semanas. O período de incubação (período antes da manifestação dos sintomas) da SMPB costuma ser de 3 a 6 dias.
A síndrome mão-pé-boca afeta principalmente crianças menores de 05 anos, mas eventualmente pode ocorrer em adultos. A maioria dos indivíduos adultos não apresentam sintomas.
Sinais e Sintomas
Os primeiros sintomas costumam ser a dor de garganta e a febre que é normalmente baixa e que se resolve em 48 horas (38ºC). As lesões na cavidade oral aparecem depois de 1-2 dias do início da febre e começam com pontos avermelhados, que se transformam em pequenas bolhas e posteriormente em úlceras dolorosas, semelhantes às aftas comuns. Essas ulcerações surgem habitualmente na língua, e nas partes internas dos lábios e bochechas. O palato (céu da boca) também pode ser afetado. Mal-estar e perda do apetite também são frequentes. Um rash desenvolve-se principalmente nas palmas das mãos, dedos e na sola dos pés, sendo também comum em nádegas e região genital. As lesões de pele são tipicamente vesículas de cor acinzentada com base avermelhada, mas também podem ser máculas eritematosas, pápulas, vesículas agrupadas e até mesmo bolhas. As lesões cutâneas normalmente não são pruriginosas, mas por vezes são dolorosas. Em geral, os sintomas regridem entre 5 a 7 dias.
Sinais de agravamento
O maior problema costuma ser o risco de desidratação, pois as lesões na boca ou na garganta podem fazer com que a criança pare de aceitar alimentos e líquido. A síndrome mão-pé-boca é uma doença benigna, porém são relatados muito raramente casos de complicações como meningite e encefalite. Em gestantes, a SMPB pode levar a abortamento, como qualquer outra síndrome febril.
Medidas de prevenção e controle
# Manter uma boa higiene ambiental e um sistema de ventilação adequado em recintos fechados;
# Lavar as mãos com frequência, principalmente após ir ao banheiro (pois o vírus também é eliminado pelas fezes) e antes de manusear alimentos. Nas creches, é preciso ter muito cuidado com a higiene das mãos na hora de trocar as fraldas, para que os profissionais não transmitam o vírus de uma criança para outra;
# Afastar as pessoas contaminadas de suas atividades de trabalho e escola, até o desaparecimento dos sintomas; além disto, recomenda-se evitar lugares de aglomeração;
# Lavar com água e sabão e desinfetar com solução de água sanitária diluída em água pura (1 colher de sopa de água sanitária diluída em 4 copos de água limpa) toda a superfície de objetos, brinquedos, paredes, interruptores, maçanetas, mesas, cadeiras, entre outros que possam entrar em contato com secreções e fezes dos indivíduos doentes;
# Retirar da sala brinquedos cujo material seja de difícil higienização (ex. bichos de pelúcia e objetos semelhantes) durante o período de ocorrência do surto;
# Descartar adequadamente as fraldas e os lenços de limpeza em latas de lixo fechadas;
# Não compartilhar mamadeiras, talheres ou copos;
# Evitar, na medida do possível, o contato muito próximo com o paciente (como abraçar e beijar); # Cobrir a boca e o nariz ao espirrar ou tossir;
# Trocar e lavar diariamente as roupas comuns e roupas de cama de doentes, pois podem ser fontes de contágio (principalmente se houver secreção das lesões da pele).
Fonte: Nota Informativa 2019 da Secretaria Estadual da Saúde do RS
Secretaria Municipal de Saúde
Secretaria Municipal de Educação